
um dia, igual aos outros, num acto de cobardia, decidi fugir, daquele amor eterno que preenchia o vazio da casa, da nossa casa. enquanto esvaziava as gavetas das cómodas sujas de pó, encontrei o diário dele, pensei em deitar fora, mas não fui capaz. passei a mão pela capa, e respirei fundo, sentia o perfume da tua essência naquele pequeno livro. sentei-me, e comecei a ler:
as lágrimas lavaram-me o rosto, mais uma vez. cada palavra, cada linha, cada estrofe, cada verso riscado por as palavras não sairem como ele gostaria, significou o MUNDO, para mim. um pequeno e velho e sujo livro mudou a vida de alguém insignifcante como eu. ele amou-me e acredito que esteja onde estiver de que ele ainda me ama. e esse sentimento só morre quando o coração parar de bombear o sangue, espalhando-o por todo o meu corpo.
« ele partiu. » foi a primeira vez que o disse em voz alta, em anos.
não acredito nem em céu nem em inferno, ninguém morre por completo, apenas se nós deixarmos. estás vivo, no meu coração. amo-te.
amo! tu sbs!
ResponderEliminar:) gostei:D bjs* Mariana
ResponderEliminar«não sou de ferro não, chorar era inevitável.»
ResponderEliminarestá lindo o texto *-*