segunda-feira, 28 de março de 2011

hoje acordei, e sentia-me nada.

 sentia-me partido, estragado, feio. ~
             senti-me alguém tão pequenino, tão mesquinho, tão frágil, que decidi simplesmente, não me levantar.

peguei no mp3 e pus-me a ouvir música, música adequada ao meu estado de humor.
   sentia-me morto, como se o coração tivesse parado, como se o mundo tivesse parado, e pior que tu, como se tu me tivesses deixado.
   foi nesse momento, que me lembrei, que te tinha, e tenho. agarrei então no meu tmn, na esperança de ter a caixa de entrada com mensagens tuas por ler, mas não, tinha apenas um grande vazio.

 não sei porquê, mas chorei. as lágrimas eram pesadas, e pareciam sujas.

  num acto de inconsciência e de imaturidade , mandei um berro mostrando o meu desagrado, e mandei o telemovel para o chão, virando-me para a parede, ainda deitado, a soluçar enquanto libertava aquelas gotas que me caiam pelos olhos.

 entretanto, o despertador tocou, e não queria mesmo mesmo levantar-me, por isso, fingi que dormia.

- guilherme? guilherme, acorda, já é tarde, vais chegar atrasado.
- estou doente mãe.
- então? que se passa contigo?
- i'm lovesick.

(...) acordei depois ás 11 da manhã, com o rosto um pouco húmido ainda, levantei-me só para ir á casa-de-banho e voltei a deitar-me.

  o telemovel vibrou, eram duas da tarde, não me aptecia apanhar o telemovel do chão, mas fi-lo á mesma.

Nova mensagem de ELE:
  
boa tarde amor da minha vida, desculpa não ter mandado logo mensagem, eu gosto muito de ti guilherme correia.

 as lágrimas tinham voltado, mas de felicidade agora. cada palavra, cada letra daquela linda mensagem que ele me mandara, simplesmente fez-me ganhar o dia, fez-me sorrir, quando , há horas atrás , jurei nunca mais o fazer.

 por isso te peço meu amor. NUNCA, mas NUNCA, pares de fazer o que tu sabes fazer, e fazes tão bem, todos todos os dias, fazer-me FELIZ. (:

sábado, 26 de março de 2011

obrigado .

todos sonhamos com o futuro, faz parte da nossa existência. todos queremos saber o depois, sem sequer se importar com o agora, ou até mesmo o antes, por isso, obrigado por me fazeres ser diferente.

o futuro é um hiperónimo.

quando eu digo futuro a primeira coisa que imaginam é trabalho, aspecto, e estado civil.
todos queremos ter um trabalho de sonho: não fazer nada e ganhas rios de dinheiro.
todos queremos um aspecto melhor que o actual: ser mais bonito, com um corpo bem definido.
e por fim, todos queremos alguém: um principe, fantástico, ajustado exactamente ás nossas medidas.

por isso, mais uma vez, obrigado, por fazeres parte do meu futuro, ser presente.

 TU és o meu presente.
   és o meu principe, todo fantástico e todo para mim , e tudo o que sempre quis e vou querer. porque não, não me vou cansar de te dizer o quão és bonito, nem do quanto eu te amo, de te olhar nos olhos e apenas sorrir porque sim.

  deste-me o mundo , quando eu apenas te dei a mão. 

 obrigado,
                  por cuidares de mim e por me tirares do buraco escuro onde me tenho escondido desde há tanto tempo, tempo demais.

   obrigado.

 

quinta-feira, 10 de março de 2011

when all my faith is gone, you bring it back to me

sabes que, quando partiste, partiste sem bagagem, deixando todo o teu carinho, não mais viável. senti-me sofucado entre quatro paredes, todas elas brancas. por vezes acreditava mesmo que elas falavam, de tão vivo que o sentimento, estava , naquele pequeno quarto. não sou de ferro não, chorar era inevitável.
  um dia, igual aos outros, num acto de cobardia, decidi fugir, daquele amor eterno que preenchia o vazio da casa, da nossa casa. enquanto esvaziava as gavetas das cómodas sujas de pó, encontrei o diário dele, pensei em deitar fora, mas não fui capaz. passei a mão pela capa, e respirei fundo, sentia o perfume da tua essência naquele pequeno livro. sentei-me, e comecei a ler:

 as lágrimas lavaram-me o rosto, mais uma vez. cada palavra, cada linha, cada estrofe, cada verso riscado por as palavras não sairem como ele gostaria, significou o MUNDO, para mim. um pequeno e velho e sujo livro mudou a vida de alguém insignifcante como eu. ele amou-me e acredito que esteja onde estiver de que ele ainda me ama. e esse sentimento só morre quando o coração parar de bombear o sangue, espalhando-o por todo o meu corpo.

 « ele partiu. » foi a primeira vez que o disse em voz alta, em anos.

 não acredito nem em céu nem em inferno,  ninguém morre por completo, apenas se nós deixarmos. estás vivo, no meu coração. amo-te.