sábado, 7 de agosto de 2010

um mergulho.


sinto o desprezo, o ódio, até mesmo o rancor quando estou na rua e me olham de lado, com os olhos vermelhos, talvez de raiva (?)
 sinto-me de certa forma culpado, pelo que fiz e pelo que poderia ter feito.
 rastejo-me pela rua abaixo, apertando a mão com força, talvez pelo medo, o mais provavél. chego então a casa, tranco a porta e fecho as janelas e as suas portadas, para de certa forma impedir a passagem do desejo de morte que as pessoas lá de baixo transportam consigo. 
 tenho as veias sobressaidas, o silencio, percorre a sala, consigo mesmo ouvir o batimento cardiaco descontrolado e acelarado.
 levanto-me daquele chão imundo de vergonha e arrependimento e abro então uma janela, espreitando lá para baixo. sento-me então no parapeito , com as pernas de fora, sinto o vento .
 dou um ultimo suspiro, tapo o nariz e deixo-me cair.

  eu morri. 

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