domingo, 29 de agosto de 2010

outra vez?

mais uma vez, bato com a cabeça na parede e fico dependente da tua palavra, possivelmente a ultima. receio o teu recear. não largo o telefone nem por segundos, á espera de ouvir o tradicional toque nokia e a sua vibração e ver o teu nome na mensagem recebida. á espera que essa mensagem me limpe as lágrimas que se formaram nos cantos dos meus olhos. então e agora?

 terei eu de assumir o nosso erro, sozinho? de carregar mais uma vez este fardo? medo de fraquejar. de não aguentar tal responsabilidade, ou tal falta de responsabilidade. quebro outra vez a minha regra. não percebo então porque criei eu uma regra que passo a vida a quebrar. estou com o sentimento de 
deja vu na barriga tal como se tivesse a repetir tudo o que me arrependi de fazer. não sei já o que digo, isto poderá ser só ilusões da minha fértil imaginação e neste momento estás a pensar e mim com um sorriso estampado na tua doce cara e eu? a fazer um frete despropositadamente.

 descobri contigo este novo mundo, o mundo que eu deixei para trás e mandei para tão longe para nem eu , o própio criador, reconhecer o que engenhou. deste-me a mão e levantamos, reconstrui-mos o que pensei estar perdido.

mas, e se ficar sozinho, a percorrer o que tu levantaste de mão dada comigo? a percorrer outra vez estes campos da minhas plantas, alimentadas das minhas própias lagrimas? não sei lidar com isto. por isso meu amor, se tiveres que escolher entre mim ou alguem?  pega em mim, escolhe-me a mim e ama-me. por favor.

big girls don't cry, but what about big boys? do they?

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

foi?

ás vezes dou por mim a pensar: ' o ultimo amo-te. ' relembro-me então do que me proporcionaste. ontem ocorreu-me: ' e o ultimo amo-te dele, foi sincero? e se não tiver sido? '. sentei-me no parapeito da janela e observei as andorinhas no seu ninho. ver a mãe a alimentar os seus pequenos e deixá-los tentar a sua sorte. tal como nós fazemos com o nosso coração. 

 não te conhecia o suficiente, e dei-te todo o meu coração, despedaçaste-o. chorei por ti, chorei por nós. fiz do banco de jardim a minha casa, onde durmo, onde penso, onde passo as minhas tardes de verão que parecem não mais acabar, onde deixo cair as minhas lágrimas. gosto de imaginar que estou á tua espera. eu sei que andas por ai. 


 eu amo-te sim, mas sem motivo, mas, será perciso algum motivo para amar? tudo nesta cidade me faz lembrar uma telenovela, em que o ponto final está por pôr. espero por ti, não sei se um dia me fartarei, mas se me fartar é porque o meu coração apodreceu e endureceu, será uma pedra.

com carinho.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

olhos cor de mel.

hoje senti a tua falta. sim é verdade, sinto todos os dias, mas hoje foi mais forte que eu. levantei-me cedo e arranjei-me decentemente e fui para o banco de jardim onde demos o primeiro beijo. conseguia sentir o sentimento vivo, a paixão. deixamos a nossa marca.
  senti falta também do teu sorriso, que me deixava com os olhos cintilantes de tão bonito que era de se contemplar. dos teus olhos verdes cor de mel que me encantavam. senti ainda a tua voz doce e carinhosa que me percorria a alma e me fazia sentir seguro. uma voz de grossa de homem já feito, mas doce ao mesmo tempo.
foste o meu primeiro e verdadeiro amor, em que as palavras quando não queriam sair, bastava tu olhares-me nos olhos, estava tudo dito.
 o teu jeito de me agarrares fazia-me sentir vivo e puro, de esfregarmos os nossos narizes uns nos outros e a seguir soltar um riso genuíno e inocente. foram uns melhores tempos até hoje. mas como tudo na vida, tem um fim. para mim , a palavra que mais me custa dizer é o ' adeus '. mas por vezes não há outra solução.

 agradeço-te então pelo que fizeste por mim, pelo que querias fazer, intenção é que conta, certo?
 digo-te então o ultimo amo-te, e peço apenas que não me esqueças, tal como eu nunca te esquecerei. 

sábado, 21 de agosto de 2010

o teu fim?

nunca tive tanto medo do fim como agora, do teu fim.


' nunca pensei muito na maneira como iria morrer, mas morrer no lugar doutra pessoa parece-me uma boa maneira de ir ' 


chorei todas as lágrimas que não eram minhas e transpirei todo o suor que não era meu. corri sem sair do sitio.
dei-te a mão e jurei não largar, não cumprindo o juramento. foges como um balão no ar.
escapas-me como água nas mãos, como fogo. cheguei ao desespero, sem nada poder fazer. 

os dias vão passando, e estou sempre sentado no parapeito da janela a ver a chuva a cair sem parar.
o medo passou a ser o sentimento que me alimenta. o medo apoderou-se do meu corpo
como um virus informatico, que apanha o disco rigido e espalha a sua virose deixando o computador lento e atrasado.
dormir tem estado fora de questão, doi-me o coração. de não poder estar a teu lado, a lutar contigo.
sinto-me culpado por algo que não fiz.
ter-te foi uma bença, foste o braço direito e o esquerdo. foste o que me puxou quando mais precisei e agora que chegou a altura de retribuir não há nada que eu possa fazer. sinto-me inutil.
prometo que chorarei, é inevitável.
como posso enfrentar o facto de perder um irmão e saber que não fiz nada? é doloroso demais, é demais para mim. 

deixo então as minhas desculpas pelo que não fiz, e o que fiz , se fiz errado. 
foste , és e serás parte de mim, levas contigo um pedaço de mim. um pedaço insubstituivel. 
um ' amo-te ' é pouco, não é a palavra adequada. 
promete que Lá, esperarás por mim, e que acontença o que acontecer, que me amarás, acontença o que acontecer. 
*não quero que vás, não. mas prender-te neste inferno é ser cruel, não te proporcionarei tal mal.


amo-te meu irmão, um beijo. 

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

tenho tudo e tenho nada. sou um copo meio vazio.


' desculpa ' é apenas uma palavra.


sentes então que podes fazer seja o que for, desilude-te, não és nenhum super-homem. corre pelas tuas veias sangue vermelho. és humano.


 sendo humano conheces a tua anatomia, o teu corpo, o teu cerbero, conheces-te. faz-te pensar que como te conheces tão bem, tens que conhecer o resto das pessoas, desengana-te, pessoas não são mais esterótipos, mudança, é a palavra. não há censura, não há ninguem que nos diga sê assim. as pessoas são o que querem ser, sorriem sem medo. isto é bonito, é o mundo livre, é um mundo feliz.


 continuando, neste mundo livre e feliz há excepções, tal como tu. achas que todos devem ser iguais, apontas defeitos por te achares superior, por achar que podes e que aconteces quando os defeitos que apontas é os que em casa quando acordas de manha e vais ao espelho vês, vês a tua reflexão a passear na rua e entras em panico, fazes troça de ti mesmo.  ridiculo, totalmente.
 ninguém aguenta demasiada pressão social, é verdade, mas mais uma vez , tens amigos que te a aliviam, que sabem o que dizer quando tu não sabes o que ouvir. não sejas um idiota, ninguém gosta de idiotas. 


  sê alguém, não te desculpes com os outros. repito, sê alguém.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

amor?

fiz tudo o que podia e tu deixaste-me.
fiz tudo por ti, e tu deixaste-me.
amei-te sem fazer perguntas e tu deixaste-me. 
prometi-te o possivel e o impossivel e tu deixaste-me.


fiz tudo e tu ainda assim deixaste-me e ainda te ris-te um bocadinho da minha cara.


quebrei por ti a minha própia regra, deixei o sentimento me levar uma, duas, três vezes.


choro a adormecer, acordo a chorar. 


terei eu cometido algum erro? mastigaste-me e cuspiste. 


pergunto-me ainda: terá ele coração? 


o amor é perigoso, mais doloroso que a morte. há pessoas que gostam de se aproveitar dos sentimentos dos outros, para se concretizarem e sentirem homens, por terem sido magoados e a unica maneira de aliviar o momento de dor é magoarem outras pessoas. 
 Quando encontradas duas pessoas que reagem da mesma maneira a dor, vai-se criando uma corrente. acabam todos por ser magoados, com uma lágrima no olho.


 mas digo-te então que não sou tua cobaia, todos sofremos devido aos nossos própios erros.
   
sentes-te então magoado e arrependido.
                                  não uses H maiusculo em homem quando não és nada mais nada menos um miudo.
                                                       
era demasiado jovem para perceber os meus sentimentos por ti.

' why do we miss things we don't have? '


lamentaste então, por não te teres mostrado capaz de assumir um compromisso, um sentimento.
ninguém pode julgar, não é fácil por sinal. á primeira nunca é de vez, há erros por cometer, se não os cometeres como saberás que são erros, como saberás então que não o devias ter feito e que tens a certeza que a partir dai não voltarás a fazer?
 a ignorância tem de ser vencida, de uma maneira ou de outra.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

o que aconteceu aos valores da humanidade? á igualdade?
as pessoas esquecem-se do que são. esquecem-se do que foram.

nunca se deixem levar pelo sentimento. nunca. é uma regra fundamental aplicavél em todos os casos. onde não aplicada, poderá mesmo ter graves consequencias.

dão-se por vocês mesmos, á deriva, magoados pelo que achavam que era ele, que era o tal. amam-o, incondicionalmente. 
um pedido de desculpas e deixam-se outra vez levar, mas continuam com o receio de ser magoados outra vez. 
 quando tens esse receio , nem tentes que isso funcione, porque não funciona. é sinal que não consegues lidar com o facto que ele fez uma vez e voltará a fazer. 

 tu podes gostar muito da pessoa, mas gostas mais de ti, por isso respeita-te a ti própio e NUNCA deixes de brilhar pelos outros.
 
 quando não souberes lidar contigo própio e fores pedir conselhos ou ajuda ou até mesmo apoio, não sejas duro se a pessoa não ajudar, se nem tu sabes lidar contigo, não podes pedir que os outros saibam, os outros mesmo assim dão o seu melhor.

ama, mas com cuidado.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

mostra-te capaz . mostra-te homem, mostra-te alguém.

mostra-te capaz . mostra-te homem, mostra-te alguém.


baixar a cabeça nunca é solução por mais problemas que tenhas, mesmo que te sintas na merda. lutar não é uma opção, é um dever. ninguém é melhor que tu, ninguém.
 hoje em dia as pessoas já são capazes de tudo, por isso prepara-te. o que achas que hoje são problemas, amanhã podem apenas ser coisas insignificantes, por isso não gastes a tua cabeça a pensar neles.
 nunca deixes de mostrar o que és pelos outros, se eles se afastarem, é porque têm inveja de ti.
 não te deixes influenciar, mesmo que seja uma tarefa dificil. 
 se não tiveres ninguem para viver a vida, vive-a sozinho, tu estás sempre em primeiro lugar. 
 não dês importancia ao que não merece, mostra-te capaz e sê superior ás ignorancias.
 os defeitos que vêm em ti, são os que vêm ao espelho, por isso não te contenhas com medo do que os outros dirão.
 se não acreditas em ti propio não peças para que os outros acreditem.
 quando a vida não te sorrir, sorri-lhe tu, ela acaba por retribuir. 

sê feliz acima de tudo, sê feliz por ti e somente por ti. (:


segunda-feira, 9 de agosto de 2010

borned up

é fudido. nascer, é lixado, porque não estamos preparados para a dor que acompanha o nosso ser ao longo dos anos que vêm pela frente. não passamos duns bebés. que choram, e choram e voltam a chorar. com grande esforço e dor, damos o primeiro passo e dai é sempre a aviar. dor em comprimidos, xarope, seja lá como for. passamos pela altura emq eu nos achamos podres de bons , bons para caralho, para dar e vender. mas somos felizes! bastante felizes , inocência, o nosso bem mais precioso. e ainda de mãos dadas com a dor, crescemos, do nada, para a adolescência. choramos, é como se voltassemos a nascer. e damos por nós a libertar a dor, como uma pomba, uma pomba branca, em busca da paz. abraçamos o nosso querido peluche uma ultima vez e seguimos em frente de cabeça erguida com os pés bem assentes. 
Fomos abandonados pela inocência, abraçados pela verdeira amizade.

sábado, 7 de agosto de 2010

um mergulho.


sinto o desprezo, o ódio, até mesmo o rancor quando estou na rua e me olham de lado, com os olhos vermelhos, talvez de raiva (?)
 sinto-me de certa forma culpado, pelo que fiz e pelo que poderia ter feito.
 rastejo-me pela rua abaixo, apertando a mão com força, talvez pelo medo, o mais provavél. chego então a casa, tranco a porta e fecho as janelas e as suas portadas, para de certa forma impedir a passagem do desejo de morte que as pessoas lá de baixo transportam consigo. 
 tenho as veias sobressaidas, o silencio, percorre a sala, consigo mesmo ouvir o batimento cardiaco descontrolado e acelarado.
 levanto-me daquele chão imundo de vergonha e arrependimento e abro então uma janela, espreitando lá para baixo. sento-me então no parapeito , com as pernas de fora, sinto o vento .
 dou um ultimo suspiro, tapo o nariz e deixo-me cair.

  eu morri.