(...) mais uma vez, fiquei sem saber onde me agarrar. estava entre o nada e o nada, tentei de novo agarrar-me ás ilusões, mas ele tinha-as levado com ele para o tal buraco obscuro. agarrei-me ao nada acabando por cair ficando tambem eu num buraco negro, obscuro, sem vida. com medo da solidão, medo do escuro, medo de me levantar, agarrei-me ao que me restava, á dor.
desta vez não, não chorei. preferi gritar o que sentia, gritar de raiva, gritar de dores e quando as forças perdi, fechei os olhos, imaginei o que eu queria ver, o 'nós' . por breves momentos sorri. um sorriso inocente e genuino como há muito tempo não se via sair dos meus labios.
voltei a abrir os olhos, e sinceramente, penso que foi o maior erro que podia ter cometido, deparei-me com a escuridão que me rodeava, que me consomia, e consomia sem parar. vincava eu as unhas nas minhas pernas da dor, dos horrores que o consumo me dava.
e por momentos pensei: ' porquê? porque não deixo eu de lutar, deixo que me consuma por completo, dou um ponto final? '
e finalmente , pus a questão: ' lutas como um homem, ou desistes de tudo? '
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