quarta-feira, 7 de julho de 2010

parte quatro

consegui, após um grande esforço, convencer-me de que sim, que tinha sido o melhor, para ambos.
mas hoje, pensei em ti meu amor. nos momentos que passamos e não evitei deixar cair uma ou duas lagrimas.
(...) passeava hoje, pelos meus campos de relva amarela, do meu mundo verde. ia aos pulinhos, supostamente de alegria quando vi alguem passar, o cheiro era familiar, o andar, até mesmo a roupa, e tive o descaramento de olhar fixamente, eras tu. em pessoa, estavas ali, depois da tua ida para o teu mundo, onde tu desenhavas a tua vida, sem o meu lápis.
eu fiquei boqueaberto, como qualquer um ficaria, tiveste a coragem de sair do teu mundo, para vires ter com algo, uma especie de projecto, que tinhas abandonado para retribuir as minhas ultimas palavras.
eu parei de pular, fiquei lá, quieto a olhar para ti quando tu me vês pelo olho direito e viras-te de frente com o teu sorriso doce e carinhoso, com os teus olhos verdes. aproximaste-te de mim, devagar, como alguem que vai á caça para não espantar a vitima e quando chegas ao pé de mim dizes ' olá '. eu bloquiei, o meu cerbero congelou, simplesmente olhei os seus olhos verdes amarelados enquanto as minhas lagrimas molhavam a relva amarela.

' desculpa por tudo, sabes que nunca foi isto que eu queria, que nós queriamos, nós tinhamos um futuro sim, mas era apenas mais um futuro e não O futuro. '

eras tu a falar para esconder a saudade, desviando os olhos por sentires a verdade.

beijou-me a testa mas desta vez seguiu outro caminho, o trilho para o mundo doutra pessoa, alguem conseguiu o que eu não consegui, dar-lhe O futuro que ele queria.

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