terça-feira, 27 de julho de 2010

can it be over if it even doesn't have started?

peço muita desculpa pela ausencia.


' i know this room, i've walked this floor, i used to be alone before i knew ya '


desde pequeno que tenho este defeito, se é que se pode considerar um defeito.
sempre me deixei levar, por assim dizer, desde de pequeno que dava um voto de confiança a todos acabando sempre por sair magoado, ou pelo menos grande parte das vezes.
mesmo eu batendo com a cabeça na parede nunca aprendia, volta a repetir e a repetir o mesmo erro, sem nunca aprender nada com os resultados como obtia, sou o contrário dum treinador duma equipa de futebol, se a equipa usa tratégia X e perde os jogos todos o treinador vê-se obrigado a mudar de estratégia, não era o caso.


tanto em amor como em amizade .


magoei-me muito ao longo destes anos, feridas, cicatrizes e alguns tumores ainda á espera de tratamento.


não gosto mesmo nada de dar importância a coisas que não merecem minimamente, mas confesso que me custa que depois de 11 anos em convivio uma das pessoas por quem tinha mais carinho é capaz de me deixar para trás por algo que nunca foi parcialmente novidade. 


mas agora sou forte , e independente.

domingo, 18 de julho de 2010

saudades.

peço muita desculpa por andar ausente, mas não tenho tido muito tempo e muita vontade. 


mas aqui vai: 


usam-me como uma marioneta, como um boneco, que é giro ao principio, cuidamos bem dele, pra nao estragar,    usamos e voltamos a usar, e ainda usamos mais uma vez ou outra, até que cansa, que se fartam do boneco, e partem-no, arrancam braços, pernas, cabeça, e principalmente o coração.arrancam o coração com os dentes se for preciso, para terem a certeza que não voltaram a ter contactos alguns com o boneco, que ficará arrumado no armário durante muito tempo. 


há casos, grandes excepçoes, em que se arrependem e querem o boneco de volta, colando cada peça do mesmo , cuidadosamente para ficar igual a antes, ou parcialmente igual.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

i'm fucked up, but so fucked up

odeio este tipo de pessoas.
 quando finalmente tenho os raios do meu novo nascer do sol a bater na minha cara, aquele sol ainda mais brilhante que o outro, mais alegre, mais poderoso , quando eu finalmente posso ter um pouco de paz e descanso há sempre aquele filho da p*t* que se põe a minha frente e tapa o meu sol e insiste em não sair. não suporto isto , não suporto. grr.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

come on

penso que toda a gente sabe como é sentirem-se como merd*, andarem a arrastar-se por ai, pensando que não há nada que nos vais conseguir fazer sentir bem, nos fazer sorrir. 


  e é ai que um novo nascer do sol entra pela porta a dentro, sem bater com a porta, fechando-a devagarinho, para apenas acordares com os seus raios de sol a baterem na tua cara, para que quando tu acordares, acordes com um sorriso, acordes com um novo eu ás costas e finalmente, deixares de transpirar suor que não é teu. 

sábado, 10 de julho de 2010

parte FINAL.


' eu vou esquecer o mundo como o conheço, mas prometo, que não te esquecerei. '

(...) e na escuridão, eu conseguia ouvir o bater do teu coração. tentei encontrar a origem do som, mas depois, parou e eu estava na escuridão, e então em escuridão me tornei.

parte seis

(...) mais uma vez, fiquei sem saber onde me agarrar. estava entre o nada e o nada, tentei de novo agarrar-me ás ilusões, mas ele tinha-as levado com ele para o tal buraco obscuro. agarrei-me ao nada acabando por cair ficando tambem eu num buraco negro, obscuro, sem vida. com medo da solidão, medo do escuro, medo de me levantar, agarrei-me ao que me restava, á dor.
   desta vez não, não chorei. preferi gritar o que sentia, gritar de raiva, gritar de dores e quando as forças perdi, fechei os olhos, imaginei o que eu queria ver, o 'nós' . por breves momentos sorri. um sorriso inocente e genuino como há muito tempo não se via sair dos meus labios.
   voltei a abrir os olhos, e sinceramente, penso que foi o maior erro que podia ter cometido, deparei-me com a escuridão que me rodeava, que me consomia, e consomia sem parar. vincava eu as unhas nas minhas pernas da dor, dos horrores que o consumo me dava.
  e por momentos pensei: ' porquê? porque não deixo eu de lutar, deixo que me consuma por completo, dou um ponto final? '

 e finalmente , pus a questão: ' lutas como um homem, ou desistes de tudo? '

quarta-feira, 7 de julho de 2010

parte cinco

(...) ele partiu, de novo. olhei-o sem sequer ousar piscar os olhos uma vez, cheirei o seu aroma, uma ultima vez, para não esquecer nada. a cada passo que ele dava, o meu mar vermelho ficava azul, a minha relva amarela ficava verde, a minha terra verde ficava castanha e o meu céu, aquele ceu cor de rosa que contemplava junto dele, ficou preto.
ele decidiu então levar as ilusões do nosso mundo com ele. levou o que era nosso, deixando o que era meu, o que eu não precisava e ele levou tudo, para um buraco, uma cova, um poço, seja lá o que for, negro e escuro, para ficar lá e nunca mais sair.
o meu sol deixou de nascer no mar e passou a nascer nas montanhas, o sol perdeu o seu brilho, pelo menos uma grande parte, tal como eu. o meu cabelo ficou seco, o meu sorriso manteu-se branco, mas sem brilho. as nossas alianças perderam o ouro , ficando apenas um material opaco, castanho e sem sentido.

foi ai que precebi, eu tinha morrido, apenas interiormente, mas tinha morrido.

não sei por quanto mais tempo iria restar para que eu caisse, como qualquer pessoa cairia com este peso nas costas.

pela primeira vez na vida tenho medo de quando cair, voltar a levantar.

parte quatro

consegui, após um grande esforço, convencer-me de que sim, que tinha sido o melhor, para ambos.
mas hoje, pensei em ti meu amor. nos momentos que passamos e não evitei deixar cair uma ou duas lagrimas.
(...) passeava hoje, pelos meus campos de relva amarela, do meu mundo verde. ia aos pulinhos, supostamente de alegria quando vi alguem passar, o cheiro era familiar, o andar, até mesmo a roupa, e tive o descaramento de olhar fixamente, eras tu. em pessoa, estavas ali, depois da tua ida para o teu mundo, onde tu desenhavas a tua vida, sem o meu lápis.
eu fiquei boqueaberto, como qualquer um ficaria, tiveste a coragem de sair do teu mundo, para vires ter com algo, uma especie de projecto, que tinhas abandonado para retribuir as minhas ultimas palavras.
eu parei de pular, fiquei lá, quieto a olhar para ti quando tu me vês pelo olho direito e viras-te de frente com o teu sorriso doce e carinhoso, com os teus olhos verdes. aproximaste-te de mim, devagar, como alguem que vai á caça para não espantar a vitima e quando chegas ao pé de mim dizes ' olá '. eu bloquiei, o meu cerbero congelou, simplesmente olhei os seus olhos verdes amarelados enquanto as minhas lagrimas molhavam a relva amarela.

' desculpa por tudo, sabes que nunca foi isto que eu queria, que nós queriamos, nós tinhamos um futuro sim, mas era apenas mais um futuro e não O futuro. '

eras tu a falar para esconder a saudade, desviando os olhos por sentires a verdade.

beijou-me a testa mas desta vez seguiu outro caminho, o trilho para o mundo doutra pessoa, alguem conseguiu o que eu não consegui, dar-lhe O futuro que ele queria.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

parte três.

(...) mas ele virou-se de frente para mim , olhou-me nos olhos, com os seus olhos profundos, cheios de lágrimas e disse-me: ' larga-me '.
e eu sem saber como reagir, o que dizer, fiz a tal da pergunta: ' porquê? '
ele respira fundo , duas ou trêz vezes, apertou-me a mão de tal maneira que deixou marcas e tentou concentrar-se : ' eu não quero que venhas comigo nesta ida. '
foi inevitável, as lagrimas percorreram-me a cara, tentei negar, que não ia largar de alguma maneira mas pela primeira vez parei para pensar.
pensei e disse: ' então vais dar o ponto? o ponto final? '
e ele, com a sua voz grossa, de homem já feito, mas ao mesmo tempo tão doce diz: ' sim, o final. '
as lágrimas voltaram a percorrer a face, e eu termia, não de nervos mas de medo, e tive medo de dizer alguma coisa, fiquem indeciso se seria melhor aceitar o seu fim sem dizer mais uma unica palavra que seja mas decidi arriscar e dizer o que sentia : ' (...) e para por um ponto final, digo-te adeus , e quando quiseres voltar, volta diferente, volta sozinho, um beijo ( meu ) amor. '
ele olha para mim e beija-me a testa , e continua no seu trilho, até quem ele realmente ama.